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Foto do escritorLeonardo Porcino

Chega de saudade

Atualizado: 15 de mai. de 2019


Nosso maestro soberano - Antonio Brasileiro

Com o sucesso de Chega de saudade, Tom Jobim abriu de vez a gaveta e saiu uma revoada de pássaros. Já a havia aliviado das canções que Elizete gravara em Canção do amor demais, mas ainda sobrara muita coisa do que tinha composto com Vinícius e, mais importante, o piano continuava aberto e produzindo. Além disso, o poeta fora servir em Montevidéu, o que abria o espaço a Tom para compor com outros parceiros. Entre meados de 1958 e fins de 1959, ele lançaria canções suficientes para sustentar uma emissora de rádio com tomjobins por 24 horas seguidas, se fosse necessário: "Aula de matemática" com Marino Pinto; "Caminhos cruzados", "Domingo azul do mar", "Meditação", "Discussão", "Desafinado" e "Samba de uma nota só", com Newton Mendonça; "De você eu gosto", "Dindi", "Demais" e "Eu preciso de você", com Aloysio de Oliveira; "Esquecendo você", "Canção da eterna despedida", "Este seu olhar", "Fotografia" e "Só em teus braços", só dele; e "É preciso dizer adeus", "A felicidade", "Canta, canta a minha vida", "Brigas, nunca mais" e "Eu sei que vou te amar", com Vinícius. Quem não conhecia Antonio Carlos Jobim, passou a conhecê-lo. E, quem já o conhecia, ficou impressionado: o homem se tornara uma usina de belezas.


Ruy Castro

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