A inclusão da física quântica me parece um avanço na compreensão de certos processos como consciência, como sensações vividas no momentum terapêutico, sobre tudo, grupal. Apesar de não se poder falar de estados alterados de consciência no processo terapêutico, é sabido que muitas sensações vividas no grupo precisarão de explicações mais sutis para serem completamente entendidas. Muitos acharão estranha a inclusão da física quântica, mas o tempo dirá de utilidade da visão quântica para compreensão do processo terapêutico. São primórdios, e o caminho está aberto. O conceito de cura será certamente mais bem operacionalizado, quando certos conceitos da física quântica passarem às ciências humanas.
A cura ocorre holisticamente ou, de fato, não ocorre.
Usar a física quântica para compreender o processo grupal é entender que Gestalt-terapia não é apenas perceber o indivíduo, mas entender quanticamente que a maior e mais harmônica das Gestalts é o universo que se transforma na grande casa que nos acolhe, nos dá vida, nos faz compreensíveis uns aos outros. Só descobrimos o nosso sentido quando, mergulhados nessa Gestalt maior, entendemos que tudo, sem exceção, é relação e probabilidade.
Jorge Ponciano Ribeiro
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